Paciente adulto descansando em poltrona confortável em ambiente iluminado e acolhedor

A fadiga é mais comum do que se imagina entre pessoas com câncer. Sabe aquele cansaço que parece não passar, mesmo depois de dormir bem? Pois é. Não é só uma questão de sono. Estudos mostram que entre 72% a 95% dos pacientes com câncer experimentam esse sintoma durante o tratamento, o que claramente impacta a qualidade de vida diária (veja dados de prevalência da fadiga). Quem convive com esse desafio, sente que não é simplesmente uma questão de “força de vontade” ou de descansar mais.

A Dra. Nayara Zortea Lima, enquanto oncologista dedicada ao cuidado integral, entende, acolhe e escuta essas queixas diariamente. Seu trabalho mostra que pequenas mudanças podem proporcionar resultados positivos, mesmo nos dias mais desafiadores. Afinal, o cuidado não é só remédio. É também afeto, orientação e pequenas estratégias cotidianas.

Fadiga não define quem você é.

A seguir, compartilho 7 dicas que podem tornar o dia a dia mais leve. Não são fórmulas mágicas. Mas podem abrir espaço para momentos de alívio, mesmo que sutis. Às vezes, basta um passo de cada vez.

1. Respeite seus próprios limites

O primeiro passo envolve aceitar que a fadiga é real e merece atenção. Ouça o seu corpo. Tem horas em que parece impossível terminar uma tarefa simples – levantar da cama, tomar banho ou até conversar. Respire fundo. Tente não se cobrar tanto. Permita-se pedir ajuda.

  • Monte uma lista pequena e realista de afazeres do dia.
  • Pare para descansar sempre que necessário, sem culpa.
  • Evite “se comparar” com o que você fazia antes ou com outras pessoas.

Esse é o tipo de orientação que a Dra. Nayara Zortea Lima passa para pacientes e família. Cada pessoa tem um ritmo. A autocompaixão, na prática, pode ser transformadora.

2. Faça pequenas atividades físicas

Pode parecer contraditório, mas o movimento, mesmo em pequenas doses, pode ser um aliado na redução da fadiga. Caminhadas leves, alongamentos ou exercícios adaptados ajudam a melhorar o ânimo, o sono e até a disposição para outras tarefas. A dica é tentar se movimentar, respeitando os limites do corpo.

  • Se não der para caminhar ao ar livre, vale subir e descer alguns degraus em casa.
  • Dentro do quarto, alongue braços, pernas e pescoço devagar.
  • Com o aval médico, explore práticas como yoga ou exercícios guiados.

Segundo recomendações de especialistas, mesmo 20 a 30 minutos diários de caminhada ou atividades leves podem fazer diferença no controle da fadiga. E não é só físico; o ambiente se enche de energia boa. Claro, alguns dias será mais fácil do que outros. Mas, aos poucos, as pequenas vitórias somam.

Paciente com câncer fazendo alongamento suave na sala

3. Aposte numa alimentação equilibrada

Comida é cuidado. Os alimentos podem tanto ajudar quanto dificultar o combate à fadiga. Uma alimentação balanceada, rica em proteínas, ferro e vitaminas do complexo B, pode auxiliar na manutenção da energia – é o que mostram orientações de especialistas em nutrição oncológica.

  • Frutas, legumes e verduras frescas são boas opções para inserir pequenas doses de energia e vitaminas no dia.
  • Inclua fontes de proteína magra (ovo, frango, peixe ou leguminosas).
  • Evite excesso de cafeína ou bebidas alcoólicas, pois podem atrapalhar o sono e o bem-estar.

Nem sempre a fome aparece. Em alguns momentos, um líquido nutritivo pode ser mais atrativo do que uma refeição grande. Gelatinas, sucos ou sopas leves também nutrem.

4. Cuide do sono e do descanso

O sono ruim agrava a fadiga, e vice-versa. Aquele ciclo difícil de quebrar. Manter uma rotina tranquila antes de dormir pode ajudar. Segundo dicas para pacientes oncológicos, evitar cochilos longos durante o dia, limitar cafeína após o almoço e apostar em refeições leves à noite são práticas que auxiliam na qualidade do sono.

  • Mantenha horários regulares para dormir e acordar.
  • Crie um “ritual” de desaceleração: apague luzes fortes, deixe celulares longe da cama.
  • Evite discutir problemas, consumir notícias pesadas ou pensar em tarefas antes de deitar.
Dormir bem é tão importante quanto comer bem.

Se o sono não vier, não se culpe. Tente relaxar com música suave, leitura leve ou um banho morno. Aos poucos, isso também faz diferença.

5. Gerencie o estresse e a ansiedade

O diagnóstico e o tratamento mexem com o corpo e a cabeça. Ansiedade, pensamentos repetitivos e até medo do amanhã são frequentes. Técnicas como respiração profunda, meditação simples, ioga ou até Tai Chi Chuan, ajudam a aliviar esse peso. Há relatos de pacientes que sentem mais controle e leveza ao incluir momentos de relaxamento na rotina.

De acordo com orientações sobre gerenciamento do estresse, um minuto diário de reflexão pode fazer diferença. E não se trata de virar um mestre zen. Basta respirar fundo e se permitir relaxar.

  • Reserve um tempo do dia para silenciar (nem que sejam 5 minutos).
  • Busque espaços agradáveis e tranquilos.
  • Abrace pequenas pausas de autocuidado.

6. Organize atividades prazerosas

Entre consultas, exames e o cansaço, é fácil se esquecer do que traz alegria. Tente reservar ao menos um momento por semana para algo prazeroso. Ler, ouvir música, bordar, pintar, cuidar de uma planta. Mesmo que por poucos minutos. O humor melhora e até a fadiga parece aliviar.

Se der para envolver familiares e amigos, melhor ainda. Conectar-se com pessoas queridas nutre a alma. E, sem querer, o dia fica mais leve.

Pessoa lendo livro em poltrona cercada de plantas

7. Compartilhe suas experiências

Parece simples, mas dividir como você se sente pode ajudar – até se for só com uma pessoa ou num pequeno círculo. Falar da fadiga, das angústias e, principalmente, ser ouvido sem julgamentos, alivia. Procure pessoas com quem você confia. A Dra. Nayara Zortea Lima sempre incentiva o diálogo sincero com familiares, amigos ou equipe de saúde.

Se preferir escrever, vale manter um diário, registrar sensações, conquistas, ou até desabafar em mensagens de áudio. O importante é não guardar tudo para si. Pequenos gestos de expressão podem trazer conforto inesperado.

Não tenha medo de pedir colo quando precisar.

Conclusão

No tratamento do câncer, a fadiga pode desanimar, mas não deve ser o fim das experiências de vida. Com pequenas adaptações, paciência e acolhimento, é possível resgatar momentos de bem-estar. Lembre-se: não existe receita única, o caminho é de cada um. A jornada fica mais leve quando cercada de respeito, compreensão e orientação profissional. A missão da Dra. Nayara Zortea Lima é caminhar lado a lado buscando a qualidade de vida e o conforto do paciente, seja por meio da escuta, do cuidado clínico ou dessas pequenas, mas poderosas, estratégias do dia a dia.

Se você quer entender melhor como cuidar de si ou de alguém querido, agende uma consulta. Assim, será possível receber um acompanhamento humano, atento a cada detalhe do seu bem-estar e da sua jornada de superação.

Perguntas frequentes sobre fadiga no câncer

O que é fadiga no câncer?

Fadiga no câncer é um cansaço persistente, físico e mental, que não passa com o repouso e pode prejudicar várias áreas da vida. É diferente do cansaço “normal” do cotidiano. Pode surgir devido à própria doença, aos tratamentos, ao estresse emocional ou até à má alimentação. É um dos sintomas mais comuns relatados por pacientes oncológicos e pode variar de intensidade ao longo do tratamento.

Como aliviar a fadiga durante o tratamento?

Pequenas mudanças ajudam: respeite os limites do seu corpo, faça atividades físicas leves regularmente, alimente-se bem, mantenha uma rotina de sono saudável e busque técnicas de relaxamento. Organizar o dia com tarefas mais simples e pedir ajuda quando precisar também fazem diferença. Em caso de dúvidas, procure orientação com profissionais especializados como a Dra. Nayara Zortea Lima, que pode indicar o melhor cuidado de forma individualizada.

Quais alimentos ajudam a reduzir fadiga?

Alimentos ricos em proteínas (como carnes magras, ovos e leguminosas), ferro (espinafre, feijão, carnes vermelhas), e vitaminas do complexo B (cereais integrais, folhas verdes) dão suporte à energia do corpo. Prefira frutas e legumes frescos, evite excesso de açúcar, cafeína e bebidas alcoólicas. Alimente-se em pequenas porções, várias vezes ao dia, para manter a energia constante.

Exercícios físicos aliviam a fadiga?

Sim, movimentos leves e frequentes, como caminhada, alongamento ou yoga, ajudam bastante no controle da fadiga. O mais importante é respeitar seu corpo e conversar com seu médico sobre quais atividades são seguras no seu caso. Atividades adaptadas, feitas regularmente, promovem sensação de bem-estar e melhoram o humor, como mostram as dicas para melhora da fadiga.

Quando devo procurar um médico?

Procure orientação médica sempre que a fadiga for intensa, constante ou impedir que você realize tarefas básicas do dia. Sinais de alerta incluem perda de peso inexplicada, dificuldade para comer, tontura, falta de motivação extrema ou alterações no sono que não melhoram. O acompanhamento especializado garante um cuidado mais seguro, acolhedor e personaliza estratégias para o seu bem-estar durante o tratamento oncológico.

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Nayara Zortea

SOBRE O AUTOR

Nayara Zortea

Dra. Nayara Zortea Lima é médica oncologista dedicada ao cuidado integral de adultos diagnosticados com câncer. Ela se destaca por sua abordagem humanizada, foco na qualidade de vida e atenção às necessidades individuais de cada paciente. Com experiência em práticas complementares e suporte emocional, Dra. Nayara acredita no acolhimento, na escuta ativa e no diálogo transparente para o desenvolvimento de planos terapêuticos personalizados.

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