Notou um nódulo, uma retração na pele ou uma secreção diferente? Esses podem ser sinais de alerta e merecem avaliação. O ideal é não esperar espalhar dúvidas. Se algo mudou nas mamas, procure um mastologista e siga o plano de rastreio.
De forma simples: câncer de mama é um crescimento desordenado de células dentro da mama que, se não tratado, pode se espalhar. Na prática, ele pode começar silencioso. Por isso exames de rotina, como a mamografia, salvam vidas. E, sim, nem todo nódulo é maligno, mas só o exame confirma.
Sintomas iniciais que pedem atenção
Para quem busca sinais claros, o Ministério da Saúde descreve os cinco sinais de alerta mais comuns:
- Nódulo palpável, geralmente duro e fixo.
- Retrações na pele ou no mamilo, como se a pele “puxasse” para dentro.
- Secreção aquosa ou com sangue pelo mamilo.
- Vermelhidão ou pele com aspecto de casca de laranja.
- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.
Também fique atenta a assimetria repentina, dor persistente sem causa clara e feridas que não cicatrizam. O autoexame pode ajudar a conhecer seu corpo, mas ele não substitui a mamografia. Conhecer o próprio padrão das mamas ajuda a perceber mudanças cedo.
Mamografia em linguagem simples
A mamografia é um raio X da mama que identifica alterações muito pequenas, antes mesmo de serem palpáveis. Para muitas pessoas, surge a dúvida: “mamografia dói?” Em geral, causa um aperto rápido e um desconforto suportável por alguns segundos. Algumas mulheres sentem mais, outras quase nada. Se puder, agende fora do período mais sensível do seu ciclo.
O exame é rápido, dura poucos minutos. A compressão melhora a qualidade da imagem e diminui a dose de radiação. O risco de radiação é pequeno. O benefício do diagnóstico precoce é alto. A Fiocruz reforça a detecção precoce e recomenda mamografias bienais para mulheres entre 50 e 69 anos, quando não há fatores de risco adicionais.
Quando fazer a mamografia e como decidir
Sem sintomas e com risco habitual, a rotina mais adotada é iniciar por volta dos 40 a 50 anos, com intervalo anual ou a cada dois anos, conforme orientação médica. Se há história familiar, mutações genéticas, início de menstruação muito cedo ou primeira gestação tardia, a conversa muda. Pode ser mais cedo e com ressonância ou ultrassom como complemento.
Se há sintoma, não espere. A pergunta deixa de ser “quando fazer mamografia” para “como investigar já”. O mastologista vai escolher o melhor primeiro exame, que pode ser mamografia, ultrassom ou ambos. Em algumas situações, há necessidade de biópsia.
Entendendo o BI-RADS de forma prática
Ao final do laudo vem o BI-RADS. E aí surge outra dúvida: “qual o BI-RADS significado?”. É uma escala que orienta a conduta:
- BI-RADS 0: imagem incompleta. Precisa de exame adicional.
- BI-RADS 1: normal. Rastreamento de rotina.
- BI-RADS 2: achado benigno. Siga o intervalo habitual.
- BI-RADS 3: provavelmente benigno. Acompanha com controle curto.
- BI-RADS 4: suspeito. Geralmente indica biópsia.
- BI-RADS 5: alta suspeita. Biópsia e plano de tratamento.
- BI-RADS 6: câncer já confirmado por biópsia.
Pode parecer tenso, eu sei. Mas cada número guia o próximo passo e reduz incertezas.
Quando procurar ajuda
Procure o mastologista se você notar:
- Nódulo novo que não some com o ciclo.
- Secreção espontânea pelo mamilo, principalmente com sangue.
- Alteração na pele, retração, ferida ou mudança no mamilo.
- Inchaço axilar ou dor que persiste sem motivo aparente.
- Laudo com BI-RADS 3, 4 ou 5.
Não adie.
Na prática clínica, a Dra. Nayara Zortea Lima costuma dizer que cada semana de tranquilidade conta. O acolhimento e a explicação clara fazem diferença, principalmente quando há medo do resultado.
Mitos e verdades
- Mito: Nódulo na mama sempre é câncer. Verdade: A maioria é benigna, mas precisa ser avaliada.
- Mito: Mamografia dói muito. Verdade: Costuma ser apenas desconforto rápido e tolerável.
- Mito: Quem não tem sintoma não precisa fazer exame. Verdade: O rastreio encontra alterações antes dos sintomas.
- Mito: Homens não têm câncer de mama. Verdade: Têm, embora seja raro; sinais também devem ser investigados.
- Mito: BI-RADS alto é sentença. Verdade: É uma estimativa de risco para guiar o próximo passo, nada mais.
O papel do Outubro Rosa
Outubro Rosa não é só um mês colorido. É um lembrete coletivo para cuidar das mamas, falar de medos e colocar o exame em dia. Campanhas ampliam acesso, quebram barreiras e trazem informação simples, sem alarmismo. Aproveite esse período para revisar seu calendário de saúde e combinar com alguém de confiança. Funciona.
Resumo final
- Observe mudanças nas mamas e busque avaliação se algo parecer diferente.
- Mamografia é rápida, a dor é geralmente leve, e o benefício é grande.
- Risco habitual? Em geral, rastrear entre 50 e 69 anos a cada dois anos, conforme orientação.
- BI-RADS organiza a conduta. Não é diagnóstico por si só.
- Nódulo nem sempre é câncer, mas toda mudança merece ser vista.
- Outubro Rosa ajuda a colocar a prevenção em prática.
Conclusão e próximo passo
Percebeu um sinal? Está na dúvida sobre quando marcar a mamografia? Respire, anote suas perguntas e procure atendimento. Um plano claro reduz a ansiedade e antecipa a cura. Se deseja um cuidado humano, com explicações simples e apoio em cada decisão, a Dra. Nayara Zortea Lima oferece acompanhamento integral e acolhedor. Agende sua consulta e dê o primeiro passo para cuidar de você hoje.
Perguntas frequentes
Quando devo fazer a mamografia?
Sem sintomas e com risco habitual, costuma-se orientar o rastreio entre 50 e 69 anos, a cada dois anos, conforme a recomendação citada pela Fiocruz. Algumas mulheres começam aos 40, especialmente se houver fatores de risco. Se houver sintomas, o exame é indicado de imediato, sem esperar a idade do rastreio.
Mamografia dói ou causa desconforto?
A maioria sente um aperto rápido e suportável, que dura segundos. A compressão melhora a imagem e reduz a radiação. Agendar fora do período mais sensível do ciclo pode ajudar. Se a dor for intensa, avise o técnico para ajustar a posição.
O que significa o resultado BI-RADS?
É uma escala de 0 a 6 que orienta a conduta. De 1 a 2 são achados normais ou benignos. O 3 pede controle em curto prazo. Os 4 e 5 são suspeitos e costumam indicar biópsia. O 6 é quando já existe confirmação de câncer. O objetivo é padronizar decisões e dar segurança ao seguimento.
Todo nódulo na mama é câncer?
Não. Muitos nódulos são cistos ou fibroadenomas, que são benignos. Mesmo assim, toda massa nova deve ser avaliada com exame de imagem e, se indicado, biópsia. Só assim é possível ter certeza.
Qual a importância do Outubro Rosa?
É um período de mobilização que incentiva o cuidado com as mamas, a informação de qualidade e a atualização do rastreio. Ajuda a reduzir o medo, a organizar a agenda e a detectar doenças mais cedo, quando as chances de cura são maiores.